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Carro Preferido

O impecável Opala dourado topázio com tapetes originais e apenas dois donos

Condição de venda foi que o próximo dono deixasse o carro bem mantido

O impecável Opala dourado topázio com tapetes originais e apenas dois donos

Carlos Eduardo Costa diz que o Opala 1971, sedã quatro portas, 6 cilindros, dourado topázio, o escolheu como dono. O carro, uma relíquia, em ótimo estado, veio com tapetes originais, nota fiscal de compra e manual, quando ele comprou há uns seis anos. Tudo preservado por Osmar Rezende, praticamente único dono, porque ele comprou do irmão poucos meses depois que o carro saiu da concessionária.

Cuidava do Opala com muito esmero, mas precisou vender a sua preciosidade porque deixou de dirigir por causa da idade e a família achou melhor que ele se desfizesse do carro. O seu desejo era encontrar um outro dono que fosse tratar bem e manter o carro como ele fez até então. Essa era a condição principal para fazer negócio, segundo Costa, que teve conhecimento do Opala por meio de uma amiga de trabalho. Ele gosta de recuperar e curtir carros antigos, além do Opala, sua última aquisição, também tem um buggy e uma Bonanza, todos em ótimo estado.

Família a bordo do velhinho é diversão garantida

Quando viu a foto do Opala, não acreditou no estado de conservação e resolveu ir ver o carro. Ele conta que foi uma visita agradável na casa do senhor e ficou encantado pelo carro. Conversou com o dono e percebeu o quanto ele gostava do carro. Comentou que o Opala lembrava a sua infância, pois seu pai teve um carro parecido e que guardava boas recordações na memória. Os dois se entenderam e Costa fez a oferta que foi aceita.  Rezende apenas deu um desconto para que o novo dono comprasse um tapete para o porta-malas que estava faltando.

Em ótimo estado, o Opala veio com tapetes originais, nota fiscal de compra e manual

Como o carro estava parado na garagem há algum tempo, o Rezende se prontificou a chamar um mecânico para trocar o óleo e fazer uma revisão. Costa falou que não precisava e que levaria o carro no guincho.

Então, o administrador de empresas saiu de lá feliz com o negócio, mas precisava levantar o dinheiro para buscar o Opala. Resolveu vender para o seu amigo um jipe que havia restaurado pelo valor que pagaria no Opala. Uma semana depois foi buscar o Opala.

Lá estava Rezende esperando para fazer a entrega do carro. Costa lembra que teve até despedida inusitada. Como não encontrou um guincho, saiu de lá dirigindo o Opala e se deparou com um carro dando sinal para parar, era a nora de Rezende para dar o último adeus ao Opala. “Ela disse que o carro levava as noivas da família para a igreja e que tinha muita estimação pelo Opala. Pediu para que um dia que eu levasse o carro para Rezende rever. Foi quando percebi que o carro tinha valor sentimental para a família e me deixou ainda mais convencido de que tinha de mantê-lo como estava”, revela.

Ao sair com o carro, o administrador parou num posto de combustível próximo dali e logo reconheceram o Opala. Ele conta que as pessoas não acreditavam que o senhor tinha vendido aquela relíquia, pois vários vizinhos já haviam feito oferta de compra, mas Resende era irredutível e recusava todas. Mais uma vez ele viu o quanto o Opala era especial e a responsabilidade que tinha de cuidar da joia rara.

E foi com essa missão que levou o carro para casa e cuida dele até hoje. Sai para fazer passeios nos finais de semana com a família. Num desses dias, usou a caixa que estava no porta-malas com vários itens e até capas de parafusos originais que veio junto com o Opala. Quando precisou colocar gasolina, pegou um funil para inserir o combustível no tanque.

Precisou fazer a pintura e foi quando descobriu uma parte do carro com a cor original no painel, um pouco mais escuro que Rezende havia pintado em uma concessionária. Para encontrar a cor certa do carro, percorreu várias lojas até encontrar.

O Opala, chamado de velhinho por Costa, esposa e seu casal de filhos pequenos, sai da garagem nos finais de semana para passeios e oferece bons momentos em família.

Costa pretende levar o carro para o ex-dono ver como está sendo bem cuidado.

6 Comentários

  1. Boa noite!

    Sou João Paulo Rezende, neto do Osmar Rezende. Não é Osvaldo.
    Andei muito nesse Opala quando era pequeno, era simplesmente inacreditável o que um simples passeio se tornava um parque de diversão. Eu gostaria de ver o carro novamente um dia. O meu avô já faleceu. Tenho uma foto do meu pai quando tinha 19 anos em frente à esse carro. Gostaria de compartilhar também. Me contate pelo Facebook:

    https://m.facebook.com/joaopaulo.rezende.7?ref=bookmarks

  2. Olá. Não sei se você irá ver essa mensagem um dia, mas sou neto do Osmar. Gostaria muito de rever o carro, o meu avô faleceu em 2016. Estou restaurando o carro do meu pai, filho dele, um Voyage GLS 1989.
    Tenho muitas lembranças no opala, lembro de ir muitas vezes na padaria aqui da cidade quando era pequeno. Se puder, me contate. Um abraço.

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