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Negócios

Mercado automotivo busca alternativas para retomada da economia

Montadoras oferecem descontos bastante generosos na compra de um veículo

Dizer que a pandemia da covid-19 mudou o mundo já caiu em todos os clichês possíveis e imagináveis; entretanto, ainda é interessante observar como ela promoveu alterações, nos mais diversos aspectos, e quais foram as alternativas e soluções utilizadas para sobreviver à crise. Por exemplo, o que ela significou para o mercado automotivo? Por um lado, as pessoas evitam sair de casa; por outro, o carro tornou-se o meio mais seguro de evitar contato com outras pessoas. Logo, o setor não teria sido tão afetado, não é mesmo?

Mas foi. Segundo Almir Nogueira Júnior, CEO da Damato Marketing Automotivo, as vendas caíram, e caíram muito: “Caíram 90% tanto a venda como os financiamentos. Os bancos sentiram uma queda ainda maior; claro que as duas coisas andam praticamente juntas, mas os bancos perderam mais ainda, pois ninguém queria financiar nada”, conta ele, lembrando ainda que não houve regiões mais ou menos afetadas. O golpe foi grande no Brasil todo, e as razões do público são as mais variadas – insegurança, desemprego e foco na sobrevivência.

Assim sendo, as empresas tiveram que buscar alternativas, e uma das principais – além, é claro, de descontos bastante generosos na compra de um veículo – é o live marketing. O termo é relativamente novo, mas já ganha adeptos e, pelo menos nesse setor, tem a Damato como pioneira. A proposta consiste basicamente em levar os produtos para as salas das casas das pessoas e foi aceita prontamente pelas montadoras e concessionárias. Para se ter uma ideia do potencial da ação, a FIAT – primeira marca a testar a estratégia – pulou de um sábado de pandemia com 10 carros vendidos em um de seus concessionários para incríveis 48 vendas no dia da primeira live, o que, em números percentuais, indica crescimento de 380%, que já seria excepcional em circunstâncias normais; para uma época de pandemia, é um sonho, agora possível. Além da Fiat, outras marcas tiveram números excelentes: a Jeep obteve crescimento de 42%; a GM, de 26%; a Ford, de 55%; e a Renault, de 41%, entre outros exemplos.

A ideia é claramente um sucesso. Veio para suprir as necessidades comerciais durante a pandemia, mas o plano é que seja mantida. Afinal, a tecnologia que temos hoje permite esse tipo de avanço, o qual facilita também a vida do consumidor, que não precisa mais se locomover. “Acreditamos que esse formato siga com sucesso; e, se não for assim, nos reinventaremos novamente”, conclui Almir.

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