Nakata destaca características dos amortecedores pressurizados, convencionais e dicas de aplicação
Existem vários modelos de amortecedor, entre eles, estrutural, cartucho, semi estrutural e convencional. Quem define qual é adotado no veículo, bem como as cargas de tração e compressão é a montadora e as fabricantes de autopeças seguem o projeto estabelecido. No caso do amortecedor, de acordo com Eduardo Lett, técnico da Nakata, fabricante de autopeças líder no mercado de reposição, independente do modelo, o cuidado durante a instalação é crucial.
Lett também fala da diferença do amortecedor pressurizado HG, tecnologia pioneira da Nakata desenvolvida no Brasil na década de 80. O modelo pressurizado possui gás nitrogênio que força o fluido para dentro do tubo interno do amortecedor, evitando assim bolhas de ar, mantendo sempre a mesma carga. O amortecedor pressurizado promove mais conforto na condução do veículo.
A injeção de gás nitrogênio mantém a câmara do tubo interno do amortecedor sempre cheia e suporta altas temperaturas, evitando a formação de bolhas de ar e possíveis vazios.
A Nakata também possui amortecedor com stop hidráulico, desenvolvido para eliminar as batidas de final de curso da suspensão aberta. Muitos veículos possuem esse sistema que é projeto da montadora e proporciona mais conforto na condução do veículo.
Entre vários diferenciais, Lett destaca que a Nakata não possui amortecedor com tampa de fechamento porque no processo de fabricação é feita uma solda e aumenta o risco de vazamento, o processo utilizado pela Nakata é o de conformação do tubo.
A haste, item muito importante da peça é produzido de material sinterizado que oferece resistência e, além disso, não apresenta riscos de microfissuras.
Além disso a haste passa por processos de usinagem e retífica. É nesse processo que se define a rugosidade de superfície de contato da haste com o sistema de vedação, permitindo manter a camada de óleo lubrificante sempre presente.
Como há várias peças internas no amortecedor, como válvulas, pistão, anéis entre outras, o reparador deve ter cuidado ao manusear a peça que não sofra batidas ou caia no chão.
Quando é necessário fazer a aplicação de um amortecedor novo, Lett alerta para fazer o escorvamento que consiste em movimentar a haste para cima e para baixo para que o tubo interno fique totalmente cheio de fluido, garantindo a carga ideal. “Sem esse procedimento, o amortecedor pode não apresentar as cargas ideais”, revela. Também lembra que após o escorvamento, o amortecedor não pode ficar deitado, pois todo esse trabalho será perdido. Por isso, deve ser aplicado logo no carro”, orienta.
Outro ponto importante, na hora da manutenção que Lett alerta é sobre o cuidado ao verificar o código da peça correta para instalação porque, em muitos casos, existem mais de uma referência para o mesmo veículo com a mesma motorização devido à montadora alterar o projeto de um ano para outro.
Mais questão relevante que gera muitas dúvidas dos reparadores e chega pela área de assistência técnica, de acordo com Lett,se refere à gravação que vem na peça. “Em cima do código vem a data da homologação da certificação do INMETRO que foi em 2014 e dura dez anos. Muitos mecânicos confundem com a data de fabricação da peça que está abaixo do código”, comenta.