Os resultados dos emplacamentos de veículos no mês de setembro e acumulado de 2019 revelam que foram vendidos 2.952.485 veículos, considerando automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros, o que representa alta de 11,4%, na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram emplacadas 2.650.230 unidades. Os dados são A FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores.
Alarico Assumpção Júnior reforçou a participação das vendas diretas, de forma representativa, neste desempenho. “No acumulado de janeiro a setembro, as vendas diretas representaram fatia de 45,24% dos emplacamentos de automóveis e comerciais leves, contra 42,13% no mesmo período de 2018. O varejo cresceu 2,9% nesse período, enquanto as vendas diretas avançaram 16,77%”, analisou o Presidente da entidade. No mês de setembro, 336.991 veículos novos foram comercializados, o que representa 12,48% de crescimento sobre o volume registrado no mesmo período de 2018, quando foram vendidos 299.605 veículos. Entretanto, na comparação com as 347.084 unidades registradas em agosto deste ano, houve leve queda, de 2,91%. Os segmentos de automóveis e de comerciais leves, no acumulado dos nove primeiros meses, apresentaram crescimento de 8,75%, totalizando 1.935.013 unidades. Apenas em setembro, estes segmentos apontaram alta de 9,07%, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Contudo, na comparação com agosto, houve leve retração, de 3,24%. Pesados As vendas de caminhões, no acumulado de janeiro a setembro, mantiveram o ritmo de recuperação observado ao longo do ano, alcançando 74.747 unidades, o que representa 40,65% acima do volume registrado no mesmo período de 2018. Para Sérgio Zonta, Vice-Presidente da FENABRAVE para o segmento de caminhões, ônibus e implementos rodoviários, além do agronegócio, outros aspectos estão começando a influenciar, positivamente, o mercado. “Para os modelos pesados e extrapesados, é o agronegócio que está puxando para cima, as vendas. Contudo, já começamos a observar uma retomada das atividades da indústria de papel e celulose e da construção civil, além do aumento de frotas próprias, de algumas empresas, e da renovação de frota das transportadoras”, comentou Zonta, acrescentando que a disponibilidade de crédito por parte dos bancos privados e, também, dos bancos das montadoras, também tem motivado a retomada dos volumes de vendas. Em setembro, foram vendidos 9,3 mil caminhões, 38,76% de crescimento sobre igual mês do ano passado. Na comparação com agosto, a retração foi de quase 3%, por conta de menos dias úteis para emplacamento, em setembro. Zonta ressaltou que os caminhões semileves, usados para o transporte de itens como alimentos e produtos têxteis e etc, também entraram em curva ascendente, impulsionados pela legislação de circulação urbana, que restringe a mobilidade de caminhões maiores, nos centros das cidades. As vendas de implementos rodoviários de janeiro a setembro seguiram o mesmo compasso de caminhões, somando 47.725 unidades, mais de 50% acima das vendas de iguais meses de 2018. No mês de setembro, este mercado alcançou 5.215 unidades emplacadas, crescimento de 42,6% sobre o mesmo período do ano anterior, mas, 9,15% de retração ante agosto. O segmento de ônibus segue em alta no ano, quase 47% no acumulado dos nove primeiros meses, ante idêntico acumulado do ano passado, totalizando 19.830 unidades emplacadas. Os emplacamentos de setembro alcançaram 2.323 unidades, aproximadamente, avanço de 20% sobre o mesmo mês de 2018, mas 14,25% abaixo do volume de agosto, por conta da sazonalidade das compras. “Observamos uma antecipação de compras em agosto, acima da média histórica para o segmento”, disse Zonta. Em franca recuperação, o segmento de motocicletas apontou avanço de 14,43% no acumulado até setembro, com 796.615 unidades emplacadas. Segundo Carlos Porto, Vice-Presidente da FENABRAVE para o segmento de motocicletas, o momento é propício para financiamentos. “Os bancos estão com apetite na oferta de crédito. Além disso, algumas atividades econômicas, que demandam motocicletas, estão atraindo mão de obra e, com isso, incentivando o mercado”, explicou Porto. Em setembro, foram emplacadas 87.744 motocicletas, 18,45% de alta sobre o mesmo mês do ano passado, mas retração de 1% ante agosto, em função de um dia útil a menos. Sem registro de emplacamentos, a FENABRAVE apresentou dados sobre as vendas de tratores e máquinas agrícolas no varejo, de janeiro a agosto, somando 28.128 unidades, queda de 9% ante o acumulado dos oito meses de 2018. As vendas de setembro ficaram 15,4% abaixo do volume de setembro do ano passado, totalizando 4.297 unidades. Na comparação com agosto, este volume foi 15,5% superior. “Essa retração é consequência dos três meses que o mercado ficou sem a disponibilidade de recursos para financiamento, pelos programas do Governo Federal, uma vez que o montante disponibilizado, pelo Plano Safra 2018/2019, foi insuficiente”, comentou Marcelo Nogueira, Vice-Presidente da FENABRAVE para estes segmentos, que acredita que, nos próximos meses, as vendas de pulverizadores e plantadeiras podem puxar o resultado para cima. Revisão das Projeções para 2019 Por conta do atual cenário econômico nacional e do desempenho das vendas de veículos, nos três primeiros trimestres, a FENABRAVE revisou as projeções de vendas de veículos para 2019. Veja, abaixo, as novas expectativas:
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*Exceto Tratores e Máquinas Agrícolas
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De janeiro a setembro de 2019, foram emplacados mais de 2,9 milhões de veículos e vendas diretas representam 45,24% deste volume total
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