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Reparação

Risco de aplicação de peças sem critérios técnicos de avaliação dos reparadores

Fiola explica que a aplicação das peças é um trabalho das oficinas que têm condições de avaliar a qualidade do produto

A recente medida anunciada pela SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) para baratear o custo do seguro e ampliar a carteira de clientes destaca uma série de mudanças nas regras do mercado segurador. Entre elas, a que desobriga as seguradoras a substituírem as peças de reposição apenas por aquelas fabricadas pelas montadoras. Com essa decisão, as seguradoras passam a ter permissão legal para trocarem peças dos veículos por similares, incluindo importadas.

O Sindirepa Nacional (Associação de Entidades Oficiais da Reparação de Veículos do Brasil), por meio da Câmara Nacional de Estudos de Colisão, alerta que cabe às oficinas independentes credenciadas fazerem a avaliação das peças que serão aplicadas no veículo sinistrado, tendo competência para verificar se as mesmas oferecem qualidade e segurança, uma vez que a responsabilidade da aplicação e reparação recai sob essas empresas.

Portanto, a entidade avalia essa medida da escolha das peças pelas seguradoras com muitas ressalvas porque pode prejudicar o serviço de reparação e comprometer a segurança do veículo, trazendo prejuízos ao consumidor. “A aplicação das peças é um trabalho das oficinas que têm condições de avaliar a qualidade do produto, garantindo que o serviço seja bem feito e o veículo mantenha a mesma segurança que oferecia antes do sinistro. Esse é o nosso compromisso com o consumidor e não podemos perder isso de vista de forma alguma. Não se pode abrir mão do direito do consumidor que, afinal, é quem paga a conta ”, revela Antonio Fiola, presidente do Sindirepa Nacional.

Para Fiola, o mercado segurador precisa rever essa questão da escolha das peças. “A medida para diminuir o custo do seguro é bem-vinda, mas não pode afetar a segurança do veículo em detrimento apenas de preço. É preciso considerar que a qualidade da peça é fator primordial para o serviço de reparação dos veículos sinistrados e que as oficinas independentes fazem esse trabalho e são partes envolvidas e capacitadas para definirem por meio de critérios técnicos quais produtos são compatíveis e quais podem colocar em risco o desempenho do veículo”, afirma.

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