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Programa da Abrafiltros destaca fatores que influenciam o desenvolvimento de lubrificantes automotivos

Eficiência, menores motores e eletrificação são algumas das questões que norteiam a produção de lubrificantes automotivos

Com tantas novidades chegando ao segmento de veículos, provenientes não só de mudanças tecnológicas, mas também de aspectos regulatórios e exigências das legislações ambientais, os fabricantes de lubrificantes automotivos também estão buscando soluções para atender essas necessidades. “Intervalos estendidos de troca, refrigeração reduzida e eficiência são alguns fatores que estão influenciando o desenvolvimento de novos lubrificantes automotivos”, destacou Anderson Cerca, Engenheiro de Serviços Técnicos da Castrol Brasil, quando abordou o tema “Lubrificantes automotivos: composição, especificações e tendências”, no “Abra Talks”, evento virtual mensal da ABRAFILTROS – Associação Brasileira das Empresas de Filtros Automotivos, Industriais e para Estações de Tratamento de Água, Efluentes e Reúso, promovido no dia 10 de novembro, via plataforma zoom e que conta com o patrocínio do Grupo Supply Service. Outras peças-chave no desenvolvimento de lubrificantes automotivos são: motores menores, custos dos materiais, eletrificação, emissões, economia de combustível, biocombustível, motores mais potentes e aquecimento mais rápido. “Para melhorar a eficiência e as emissões, as viscosidades estão cada vez menores e os aditivos cada vez mais críticos para proteger os motores”, afirmou. Há também limitações na formulação já que para manter a compatibilidade com conversores catalíticos e filtros de exaustão, alguns aditivos devem ser minimizados ou eliminados, segundo o palestrante.

Explicou que há dois tipos principais de lubrificantes – mineral e sintético. No primeiro caso, produtos finais mais baratos, compatibilidade com demais lubrificantes e maior disponibilidade no mercado. Já os sintéticos têm maior poder lubrificante, excepcional estabilidade ao envelhecimento, mantêm suas características por maior tempo, é menos tóxico ao meio ambiente, evapora menos e tem custo um pouco mais elevado.

Destacou também em sua apresentação o teste de oxidação em laboratório a condições severas de 200ºC por 30 horas, onde o resultado mostrou que o mineral perde suas características em menor intervalo de tempo e o sintético tem melhor performance.

 

Falou sobre a composição do lubrificante automotivo – base lubrificante e aditivos que modificam as características e o desempenho, além de protegerem o lubrificante e o motor. “O lubrificante tem como função a redução do atrito, resfriamento, eliminação de impurezas, proteção contra a corrosão e vedação, além de buscar também a economia de combustível e diminuição de emissões de poluentes”, ressaltou.

 

Ao final da apresentação, comentou sobre a norma SAE J300, usada para classificar os óleos lubrificantes de motores em função do grau de viscosidade.

“A viscosidade é importante, mas não determinante como o nível de desempenho, onde há diversos testes, como de oxidação, desgaste e performance”, finalizou.

 

Para João Moura, presidente da Abrafiltros “a relação dos filtros com os lubrificantes é muito próxima e a apresentação conseguiu mostrar isso. Compreender como funciona e quais são as tendências para este setor é de fundamental importância para aqueles envolvidos com o segmento de filtros automotivos”.

 

O Abra Talks teve início às 9h com a palestra de. Daniel Costa, Executivo de Vendas Industrial Hydraulics da Donaldson do Brasil, que falou sobre “Contaminação do fluido hidráulico por verniz”. Às 9h30, o Prof. Dr. Fabio Campos, Coord. da CSFETAER, Doutor em Ciências FSP/USP e Responsável pelo Lab. Saneamento – PHA/EPUSP, apresentou as “Perspectivas do Saneamento no Brasil”, e, às 10h, o engenheiro de Serviços Técnicos da Castrol Brasil finalizou com o tema sobre lubrificantes automotivos.

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