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Mercado de Reposição

Funcionamento de retíficas durante a quarentena varia de acordo com as atividades de cada região do País

Em centros urbanos, o movimento caiu e nas regiões agrícolas atendimento segue mais próximo à normalidade

As obrigações impostas pelas autoridades sanitárias em defesa da saúde da população geraram um ambiente desconhecido para a economia mundial. Segundo informações do CONAREM (Conselho Nacional de Retíficas de Motores), as retíficas estão operando de acordo com a demanda do mercado, há regiões em condição de normalidade como em regiões agrícolas e outras como as que operam nas grandes cidades que estão sentindo muito a parada da economia.

Segundo José Arnaldo Laguna, presidente do CONAREM, a experiência dos empresários que estão há mais tempo no mercado revela que é preciso atuar com calma. “O melhor a ser feito é analisar os cenários, identificar as causas e os efeitos para tomar medidas eficazes para a empresa como um todo. O bom senso deverá prevalecer, iniciando pela causa social. Pessoas tiram seu sustento familiar do negócio retificador, portanto elas precisam ser olhadas com todo carinho para não afetá-las mais do que já estão sofrendo”, revela.

“A equipe de trabalho do ramo de retíficas é composta, em sua maioria, por profissionais da área produtiva, operadores de máquinas e mecânicos. A dispensa deles fará falta num futuro próximo, pois tão logo as atividades voltem ao normal, a demanda crescerá e técnicos estão em falta no mercado mundial. É preciso zelar por eles”, pondera Laguna.

O governo federal flexibilizou a relação empresa/empregado, sendo possível:

  • Suspender o contrato de trabalho temporariamente;
  • Reduzir a jornada de trabalho;
  • Conceder férias coletivas;
  • Conceder férias parciais;
  • Compensar as horas com os futuros feriados;
  • Reduzir o salário com a devida compensação complementar pelo governo federal para os que ganham até dois salários mínimos.

 

Quanto ao fluxo de caixa, o governo flexibilizou o pagamento dos impostos, a redução da jornada, suspensão temporária dos contratos do trabalho, portanto cada caso é um caso, dependerá da situação de cada região e da habilidade gerencial de cada gestor, pois é em época de crise que os bons ganham espaço.

Para tal, o CONAREM sugere que se faça um levantamento das necessidades dos clientes e, em posse dessas informações, quantifique o volume de trabalho que terá no período atual e pós-isolamento (curto prazo). Esses dados permitirão prever a quantidade de pessoas necessárias na produção e dará uma ideia aproximada do valor de vendas por mês.

O governo federal editou medidas que visam manter os empregos e ajudar as empresas a passarem esse difícil momento da economia mundial. O CONAREM divulgou tais medidas para os associados e elas poderão ser consultadas no site: www.conarem.com.br.

O Ministério da Economia também procurou agir no sentido de gerar linhas de crédito para as empresas pagarem a folha de salários com uma carência de seis meses e 36 parcelas para quitação e um financiamento BNDES para capital de giro com uma carência de até 24 meses e mais três anos, somando um prazo máximo de cinco anos para pagamento.

Como é possível observar, há algumas soluções para reduzir o efeito do movimento decorrente do isolamento social, porém elas devem ser selecionadas e aplicadas de acordo com a necessidade da empresa e com a devida precaução do seu reflexo no futuro breve e em longo prazo. “Ao adotar uma medida, sem aplicar um critério de avaliação profunda do cenário atual e futuro, ela poderá penalizar sobremaneira a sua empresa”, avalia

Laguna também recomenda que o empresário procure a sua entidade de classe e converse com seus colegas do ramo e utilize seus assessores. Outra dica é consultar o Sebrae, até em caso de se levantar um financiamento. “Esse órgão poderá ajudá-lo, pois possui uma linha de garantia ao crédito”, explica.

Laguna considera também a possibilidade de em poucos meses o setor esteja de novo em sua normalidade. Na sua visão, o transporte urbano coletivo e de cargas deverão operar em ritmo de normalidade e isso poderá gerar fluxo de serviços com volume próximo do que ocorria antes da pandemia.

Porém, Laguna sugere que o retificador fique atento à saúde financeira do seu cliente.  “Vender e não receber em dia poderá fragilizar ainda mais o seu negócio, portanto priorize a venda por cartão de crédito”.

O CONAREM fechou uma parceria com o Banco Safra com taxas muito competitivas e nesse pacote também poderá incluir a cobrança por boletos e ambos com a possibilidade de antecipação dos recebíveis. Isso poderá ajudar em algum momento seu fluxo de caixa.

Outra medida que o governo editou foi a prorrogação do pagamento dos impostos (Resolução Nº 154). Esse recurso merece ser bem avaliado, pois não haverá custo adicional e contribuirá para manter o capital de giro e o funcionamento da empresa. Laguna alerta que a medida tomada hoje terá reflexo amanhã, portanto aconselha o empresário fazer um planejamento tributário e financeiro para cumprir essas obrigações no futuro.

Para mais informações acesse a página “Vamos Vencer”, do Ministério da Economia:

https://www.gov.br/economia/pt-br/acesso-a-informacao/perguntas-frequentes/covid-19, e selecione Serviços Pequeno Porte. Lá encontrará muitas orientações para dirimir suas dúvidas.

Laguna também aconselha ter bom senso, calma, e que somente sejam tomadas decisões a partir de uma boa análise do cenário macro e micro da economia. “Utilize as assessorias das entidades associativas, do Sebrae e das consultorias especializadas. Tal atitude certamente contribuirá para a escolha dos passos certeiros que o ajudarão a vencer momentos tão difíceis”, complementa.

Finalizando, o presidente do CONAREM revela que a entidade fará a divulgação através da sua mídia digital e solicita aos retificadores manterem o seu cadastro atualizado para receber informativos, newsletters e mensagens por meio dos grupos de trabalho.

Saiba mais sobre o CONAREM – Criado em 1998, o CONAREM – Conselho Nacional de Retíficas de Motores, teve início como a primeira câmara especializada do Sindirepa-SP – Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo. Com a evolução dos trabalhos e a necessidade de representar as empresas de retificas, o CONAREM se tornou uma entidade nacional voltada para atender às necessidades da área de serviços de motor e garantir o desenvolvimento do setor. Órgão de representação nacional, a entidade possui 350 empresas associadas em todo o País, sendo que 150 fazem parte da rede nacional de retíficas.

A entidade, que congrega as principais associações estaduais ARERGS e ARESC e trabalha em parceria com os sindicatos estaduais (Sindirepas de SP/RS/SC/MG/ES/GO/MT/RO/BA/PE/TO), oferece treinamentos específicos para retificadores, palestras técnicas gratuitas para os reparadores de veículos e também possui um banco de dados, normas técnicas e orientações para consulta, além de seu site servir como fonte de informações para o mercado motor.

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