FENABRAVE faz balanço de emplacamentos de veículos, que tiveram leve queda em setembro

No balanço do mês de setembro, os emplacamentos de veículos somaram 413.081 unidades, o que significa uma leve retração, de 2,3%, na comparação com o mês anterior, justificada por um dia útil a menos no calendário de vendas. No entanto, houve evolução de 17,6% sobre setembro de 2023 (que teve 20 dias úteis).

“Nos emplacamentos, por dias úteis, o resultado de setembro (19,7 mil emplacamentos diários) foi superior aos de julho (18,2 mil) e de agosto (19,2 mil), que foram os meses com maior volume de emplacamentos no ano, até agora. Isso mostra que o mercado está se estabilizando com um bom volume de vendas e que as projeções da FENABRAVE estão assertivas”, analisa o Presidente da FENABRAVE, Andreta Jr.

Segundo ele, apesar da decisão do COPOM – Comitê de Política Monetária do Banco Central de elevar a Taxa Selic em agosto, o cenário ainda é favorável para o crédito. “Além das taxas de juros, influenciam no crédito os níveis de inadimplência e de renda e, por isso, não percebemos impacto na oferta de crédito para financiamentos de veículos”, analisa Andreta Jr.

Automóveis e Comerciais leves

Os segmentos têm registrado números sólidos ao longo do ano, impulsionados pelo crédito e pela melhora da economia. “A disponibilidade de recursos para financiamentos tem favorecido a venda de automóveis e comerciais leves. No comparativo com os três primeiros trimestres de 2023, este ano registrou um volume acima de 200 mil unidades a mais”, diz o Presidente da FENABRAVE.

Automóveis e Comerciais Leves Híbridos e Híbridos Plug-in

Com pequena queda no volume mensal e nas vendas diárias, os autos e leves híbridos somaram pouco mais de 8,6 mil unidades emplacadas em setembro. “Essa flutuação de mercado é natural. Até o momento, o crescimento acumulado, para este segmento, é de mais de 54% em relação a janeiro-setembro de 2023”, destaca o Presidente da FENABRAVE.

Automóveis e Comerciais Leves Elétricos Puros

Os emplacamentos de automóveis e comerciais leves elétricos recuaram no mês, mas seguem com alta no ano. “No acumulado de 2024, até agora, foram emplacados mais de 45 mil automóveis elétricos, volume ainda baixo sobre o total geral emplacado, mas que representa o aumento da oferta de produtos e marcas no nosso mercado”, diz Andreta Jr.

Caminhões

O mercado de caminhões ganhou tração no segundo semestre de 2024. “Os meses de julho, agosto e setembro mostraram números muito consistentes, com uma média bem superior às registradas no primeiro semestre. As vendas foram impulsionadas pela melhora no agronegócio, retomada da construção civil e da indústria no geral, que vem se recuperando no País e implicaram no aumento de previsão do PIB no país”, afirma Andreta Jr.

Ônibus

Após um início de ano com queda de quase 30% nos emplacamentos, o segmento vem se recuperando aos poucos em 2024. “Mesmo com muitas negociações do Programa Caminho da Escola em espera, por conta do período eleitoral, o último trimestre deve ser aquecido para o segmento e prevemos crescimento no acumulado do ano, se isso ocorrer”, afirma o Presidente da FENABRAVE.

Implementos Rodoviários

O segmento mostra estabilidade em 2024. “Acompanhando o mercado de caminhões, os implementos rodoviários estão se recuperando, mas apresentaram menor flutuação neste ano”, analisa o Presidente da FENABRAVE.

Motocicletas

As motocicletas continuam com força no mercado, com a maior alta acumulada do setor até o momento, para este ano. “O crescimento de quase 20% no ano está de acordo com as projeções da FENABRAVE e é uma prova do fortalecimento desse mercado, favorecido, em boa parte, pelo custo de aquisição e de abastecimento mais baixos, na comparação com automóveis e comerciais leves, além da alta demanda para uso comercial, especialmente em serviços de entrega”, afirma Andreta Jr.

Motocicletas Eletrificadas

Segundo Andreta Jr., o mercado de motocicletas elétricas ainda está em formação no Brasil. “É um segmento que pode crescer nos próximos anos, no Brasil, mas ainda não se consolidou no mercado nacional de motocicletas”, diz Andreta Jr.

Máquinas Agrícolas

Obs.: Por não serem emplacados, as Máquinas Agrícolas apresentam dados com um mês de defasagem, pois dependem de levantamentos junto aos fabricantes.

O mercado de máquinas agrícolas ainda segue com cautela, com preocupações relacionadas à instabilidade do agronegócio brasileiro. “A volatilidade de preços nas commodities e o aumento de áreas de seca no Brasil postergam a decisão de compra de novos equipamentos”, diz o Presidente da FENABRAVE.