A fábrica de automóveis mais antiga em operação no Brasil é também uma das mais tecnológicas do mundo. A fábrica da GM de São Caetano do Sul, que já foi o berço de modelos icônicos como o Opala e o Monza, hoje produz carros com conectividade nível quatro, como o Novo Tracker, além do Joy, Joy Plus, Spin e Montana, todos os modelos que saem da mesma linha de montagem e contam com tecnologias da indústria 4.0 na sua fabricação.
Ao longo dessas nove décadas, muitas foram as reformas na fábrica da GM em São Caetano do Sul. A mais recente, realizada entre 2018 e 2019, com investimentos de R$ 1,2 bilhão, foi a que trouxe conceitos da indústria 4.0 para a nonagenária fábrica e tecnologias até então inéditas na região.
Se antes as carrocerias eram puxadas por correntes na montagem geral, hoje os veículos são conduzidos por skillets de última geração que regulam a altura conforme a operação a ser realizada.
Se nos primórdios do século XX uma linha de montagem contava com poucos recursos eletroeletrônicos, hoje os operadores de produção são treinados em um ambiente de realidade virtual, contam com manipuladores pneumáticos, e convivem com a mais alta tecnologia de veículos autônomos, apertadeiras eletrônicas e grande nível de automação e robótica.
“É muito bom ver a nossa fábrica mais antiga no Brasil completar 90 anos com tantas tecnologias inovadoras e produzindo carros líderes de mercado. Esses são frutos de investimentos que fizemos no país nos últimos anos e que mostram o nosso compromisso com este mercado que escolhe a Chevrolet como líder de varejo há tantos anos”, comenta Luiz Carlos Peres, vice-presidente de Manufatura da GM América do Sul.
“Renovamos a nossa linha de montagem quase que por completo. Os prédios permaneceram e alguns aumentaram de tamanho. Mas por dentro, podemos afirmar que é tudo novo. Muito dessa obra foi realizada com a fábrica rodando os modelos anteriores, o que tornou esse desafio ainda maior. Tenho orgulho de ter sido um dos líderes responsáveis por este projeto, que nos deixa ainda mais perto do nosso objetivo que é de entregar resultados de uma fábrica nova, mesmo com as restrições que uma instalação de 90 anos nos impõe”, afirma Andreieli Pinto, diretor executivo da fábrica de São Caetano do Sul.
Indústria 4.0
A linha de montagem da fábrica de São Caetano do Sul passou por uma verdadeira revolução nos últimos anos. E, para aprender a operar as novas tecnologias, os operadores e demais funcionários da manufatura contam com tecnologia de realidade aumentada para os treinamentos.
Entre as novidades técnicas implementadas estão:
• Novo sistema de controle de estoque online, inédito na América do Sul.
Sustentabilidade
Além da tecnologia produtiva, a fábrica de São Caetano do Sul também é referência em gestão dos seus impactos ambientais. Todo o Complexo, que engloba a manufatura, é Zero Aterro desde 2016. Isso quer dizer que nenhum, resíduo produzido lá é enviado para aterro sanitário, tudo é reciclado, reaproveitado ou coprocessado.
Além disso, a operação conta com estação de tratamento de efluentes desde 1940 e em 1989, a fábrica passou a fazer o reuso de efluente industrial. Em 2017, instalou um sistema solar de aquecimento com 560 metros quadrados para fornecer água quente aos chuveiros do vestiário da fábrica, o equivalente a abastecer o consumo diário de 900 casas. O sistema conta com 280 placas solares e sistemas de bomba de calor, com capacidade para abastecer 300 chuveiros, eliminando a necessidade de uso de vapor e evitando o consumo de gás natural.
A fábrica é certificada ISO 50.001, que atesta a gestão de energia, e já recebeu o prêmio Energy Star Challenge for Industry, concedido pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos em reconhecimento à redução comprovada de consumo de energia por veículo produzido.
O trabalho de preservação de áreas verdes e educação ambiental ainda garantiu à fábrica de São Caetano do Sul a certificação do do Wildlife Habitat Council (WHC).
A fábrica automotiva mais antiga em operação no Brasil também é muito próxima e atuante na comunidade Sul-Caetanense. Ao longo dos seus 90 anos, a GM esteve presente através do Instituto GM e seu corpo de voluntariado em inúmeras campanhas e ações sociais.