Emplacamentos de veículos: acumulado do 1º trimestre tem o melhor desempenho desde 2008

O resultado ganha ainda mais relevância ao se considerar o calendário de março de 2025, que contou com apenas 19 dias úteis, contra 20 dias em fevereiro e em março de 2024. A redução se deu pelo fato de o Carnaval ter ocorrido em março deste ano, e não em fevereiro, como no ano passado. “O crescimento dos emplacamentos de todos os segmentos, à exceção dos implementos rodoviários, mesmo com menos dias úteis, demonstra a resposta positiva do mercado, mesmo frente às incertezas econômicas. Seguimos atentos aos desafios, mas o comportamento do consumo do setor tem se mostrado positivo”, avalia Arcelio Junior, Presidente da FENABRAVE.

Automóveis e Comerciais leves

Os segmentos já superaram as 500 mil unidades emplacadas no ano, marca que só foi alcançada em abril do ano passado. “O bom desempenho mostra que a demanda segue aquecida. Apesar dos desafios no crédito, há um ritmo sustentado de crescimento”, explica Arcelio Junior.

Automóveis e Comerciais Leves Híbridos e Híbridos Plug-in

Os emplacamentos de automóveis e comerciais leves híbridos somaram 13.108 unidades em março. No acumulado do 1º. trimestre do ano, o segmento somou 37.650 emplacamentos. “O resultado acumulado indica a chegada de novas marcas e reforça o interesse dos consumidores por novas tecnologias”, avalia o presidente da FENABRAVE.

Automóveis e Comerciais Leves Elétricos Puros

Com 4.801 unidades emplacadas em março, os carros 100% elétricos cresceram, mas acumulam queda no trimestre, frente ao mesmo período de 2024. “Este é um mercado que ainda está em maturação no Brasil. Por isso, é comum ocorrerem variações nos números de emplacamentos”, pondera Arcelio Junior.

Caminhões

O segmento de caminhões teve saldo positivo em março, ainda em função das entregas dos pedidos realizados na Fenatran, em 2024, e os resultados acumulados seguem favoráveis, apesar das incertezas na economia. “Mesmo com as incertezas que afetam o crédito e as taxas de juros elevadas, a boa expectativa do agronegócio tem levado transportadores a realizar investimentos moderados. A conversão das vendas está mais lenta, mas dentro das perspectivas da Fenabrave para este ano”, comenta Arcelio Junior.

Ônibus

Houve queda nos emplacamentos de ônibus em março, mas o bom desempenho no trimestre continua. “A demanda por renovação de frota, em sistemas urbanos, turismo e programas públicos, como o Caminho da Escola, segue sustentando o crescimento no ano. A queda pontual em março reflete mais o menor número de dias úteis e uma oscilação no fluxo de entregas do que um recuo de mercado”, observa Arcelio Junior.

Implementos Rodoviários

O segmento tem registrado quedas sucessivas, o que descola os implementos dos resultados obtidos em caminhões, o que não é usual. “O impacto dos juros e dos custos operacionais sobre o transportador parece mais sensível nesse segmento. Muitas empresas estão adiando a renovação de implementos, aguardando uma melhora no ambiente econômico”, avalia o Presidente da Fenabrave.

Motocicletas

O segmento tem crescido de forma sustentável, apresentando números positivos, tanto na comparação entre março e fevereiro de 2025; março deste ano e do ano passado, assim como nos acumulados do 1º. Trimestre de 2024/2025. “A motocicleta se consolidou como solução de mobilidade e ferramenta de trabalho no Brasil. Este é o melhor 1º trimestre da história do segmento, em nosso País”, revela Arcelio Junior.

Motocicletas Eletrificadas

O segmento teve 1.144 emplacamentos no mês de março/2025. No acumulado do 1º. trimestre, foram emplacadas 3.452 unidades. “Ainda é um mercado em desenvolvimento, com poucos modelos disponíveis”, destaca o presidente da Fenabrave.

Máquinas Agrícolas

Obs.: Por não serem emplacadas, as Máquinas Agrícolas apresentam dados com um mês de defasagem, pois dependem de levantamentos junto aos fabricantes.

Tratores e Colheitadeiras – Varejo (Fonte Associações de Marca)

As vendas de tratores somaram 3.247 vendas, em fevereiro/2025, contra 2.802 em igual período do ano passado. Considerando os acumulados do 1º. bimestre de 2024/2025, os tratores tiveram suas vendas majoradas em 14,2% neste ano.

No caso das colheitadeiras, fevereiro de 2025 totalizou 384 vendas, significando um decréscimo de 4,5% sobre o mesmo mês de 2024. Na comparação do acumulado do 1º. Bimestre de 2025/2024, o segmento ficou 0,6% positivo, somando 892 colheitadeiras comercializadas no Brasil.

“Apesar dos resultados positivos, tanto para colheitadeiras como para tratores, os produtores rurais estão na expectativa da liberação dos recursos do Plano Safra, que só devem retornar no segundo semestre”, analisa o Presidente da Fenabrave.