Descarte Consciente Abrafiltros contabiliza reciclagem de mais 2,1 milhões de filtros no Mato Grosso do Sul
O programa Descarte Consciente Abrafiltros, de logística reversa de filtros usados do óleo lubrificante automotivo, criado pela ABRAFILTROS – Associação Brasileira das Empresas de Filtros Automotivos, Industriais e para Estações de Tratamento de Água, Efluentes e Reúso, já atingiu a marca de 2.177.656 filtros do óleo lubrificante automotivo reciclados no Mato Grosso do Sul até abril de 2024, volume que representa 803.555,18 kg. “O Descarte Consciente Abrafiltros está completando 4 anos no Estado em 2024 e, apesar dos desafios, avança. Foi implantado em 1º de outubro de 2020 no Mato Grosso do Sul, sendo o primeiro sistema a assinar Termo de Compromisso com a SEMAGRO e o IMASUL. No início, contava com 135 pontos de coleta, número que saltou para 616 em 2024”, comenta João Moura, presidente-executivo da Abrafiltros, explicando que os pontos de coleta são em oficinas, concessionárias de veículos, redes de troca de óleo e postos de combustíveis.
A coleta é feita diretamente nos geradores, pois o consumidor brasileiro não tem por hábito realizar a troca dos filtros em domicílio, não havendo a existência de PEVs – Postos de Entrega Voluntária.
Para 2024, a meta de reciclagem em aprovação no Mato Grosso do Sul equivale a 280.378 kg em 67 municípios. Simon explica que, no estado sul-mato-grossense, o atual Termo de Compromisso estabelece as metas do programa até 2023 e está vigente até 2024. As novas metas em aprovação até 2027 serão inseridas por meio de Termo Aditivo, que também renova o Termo de Compromisso.
“Diante dos bons resultados obtidos pelo programa, a SEMAGRO e o IMASUL têm sido bastante colaborativos e estamos em processo de aprovação final para assinatura do Termo Aditivo”, afirma Marco Antônio Simon, gestor do programa.
O programa Descarte Consciente Abrafiltros já está implantado em São Paulo, desde 2012; em 2013, foi ampliado para o Paraná; em 2015, para o Espírito Santo; e, em 2020, para o Mato Grosso do Sul. “A expectativa para 2024 e nos próximos anos é de que novos estados efetuem a adesão ao programa, pois novas legislações devem incluir os filtros usados do óleo lubrificante automotivo entre os produtos alvo da logística reversa”, relata Simon, destacando: “Um dos estados que analisa o assunto é o Mato Grosso. Mas, a publicação da legislação com a menção ao resíduo é essencial para que possamos mobilizar o setor e seguir com as tratativas necessárias para o desenvolvimento do projeto, aprovação governamental e implantação”.
Atualmente, o programa conta com 33 empresas participantes do sistema de logística reversa no Mato Grosso do Sul: AGCO do Brasil Soluções Agrícolas Ltda; Agritech-Lavrale Indústria de Maquinário Agrícola e Componentes Ltda; Borgwarner Indústria e Comércio Brasil Ltda; Caoa Chery Automóveis Ltda.; Caterpillar Brasil Comércio de Máquinas e Peças Ltda., CNH Industrial Brasil ltda.; Cummins Filtration do Brasil/Atmus; DAF Caminhões Brasil Indústria Ltda; Donaldson do Brasil Equipamentos Industriais Ltda.; Ford Motor Company Brasil Ltda.; General Motors do Brasil Ltda.; Hengst Indústria de Filtros Ltda.; John Deere Brasil Ltda.; Kawasaki Motores Brasil Ltda.; Magneti Marelli Cofap Fabricadora de Peças Ltda.; Mahle Metal Leve S.A.; Mann+Hummel do Brasil Ltda./Filtros Wix; Mercedes-Benz Cars & Vans Brasil Ltda.; Mercedes-Benz do Brasil; MWM Tupy do Brasil Ltda.; On-Highway Brasil Ltda.; Parker Hannifin Indústria e Comércio Ltda. – Divisão Filtros; Renault do Brasil Comércio e Participações Ltda.; Renault do Brasil S/A.; Rheinmetall Automotive – Motorservice Brazil; Robert Bosch Ltda.; Scania Latin América Ltda.; Sofape Fabricante de Filtros Ltda./Tecfil; Sogefi Filtration do Brasil Ltda./Filtros Fram; Volkswagen do Brasil Ltda.; Volvo do Brasil Veículos Ltda., Wega Motors Ltda. e Yamaha Motor do Brasil Ltda.
No processo de reciclagem, complexo e de elevado custo, o investimento é feito totalmente pelas empresas participantes. O metal (23%) é encaminhado para siderúrgicas; o OLUC – Óleo Lubrificante Usado Contaminado (2%), vai para rerrefino; e o restante dos resíduos (75%), segue para coprocessamento em cimenteiras, para geração energética e uso das cinzas (clínquer) na fabricação do cimento.
Desde janeiro de 2022, o Decreto Federal 10.936 determinou que na destinação ambientalmente adequada, os elementos filtrantes usados dos filtros do óleo lubrificante automotivo devam ser destinados para recuperação energética (coprocessamento), o que já era cumprido pela Abrafiltros desde o início do programa.
Simon explica que o sistema de logística reversa coletivo realizado pela Abrafiltros, apresenta a melhor relação custo-benefício para as empresas do setor tendo a associação como gestora, responsável pela operacionalização do programa, emissão de relatórios, controle dos prestadores de serviço, metas, contatos governamentais etc.. Em contrapartida, as empresas aderentes devem informar os dados solicitados e arcar com os investimentos necessários para a realização do programa. “Isso permite realizar um trabalho de alto nível com profissionais especializados, e as empresas podem focar no próprio negócio, sem demandar estruturas adicionais para a logística reversa. Para fazer as mesmas ações de forma individual, o investimento é elevado, há a necessidade de maior infraestrutura e pessoal dedicado, controles específicos, atender exigências governamentais cada vez maiores, o que para muitas empresas é impraticável”.
Para mais informações sobre o Programa Descarte Consciente Abrafiltros, basta acessar o site www.abrafiltros.org.br/descarteconsciente.
Informações sobre o Programa Descarte Consciente Abrafiltros: www.abrafiltros.org.br/descarteconsciente.