O mercado de reposição de autopeças brasileiro registrou aumento de 5,42% de acordo com pesquisa conjuntural do Sindipeças, realizada com fabricantes associados da entidade que considera o faturamento nominal. Por segmento, a linha pesada foi a que mais cresceu e obteve 7,42% de acréscimo em relação a 2017. Já a linha leve teve elevação e 4,35%. Porém, é importante ressaltar que o mercado de peças para veículos pesados sofreu queda abrupta nos últimos anos e começou a se recuperar em 2018, o que não aconteceu com veículos leves que vem garantindo estabilidade e crescimento contínuo.
Segundo dados do Sindipeças, o mercado de reposição de autopeças representa 20% do faturamento da indústria de autopeças, o que equivale a R$ 18 bilhões por ano.
Estudo da McKinsey & Company, apresentado na 24ª edição do Seminário da Reposição Automotiva, realizado em outubro de 2018, revela que o mercado de reposição, incluindo toda a cadeia produtiva formada por fabricantes, distribuidores, varejo e oficinas, deve movimentar R$ 120 bilhões até 2022, segundo estudo da McKinsey & Company. O crescimento se deve à evolução da frota circulante de veículos e a previsão é de aumento da idade dos veículos leves, sendo que até 2022 1/3 terá acima de 12 anos. A faixa de 8 a 11 anos terá evolução mais rápida, com 9%, sustentando a demanda da reposição nos próximos anos. Isto significa que o mercado de reposição precisa ficar atento para atender a demanda de peças de veículos acima de 8 anos de idade.
Mesmo com boas perspectivas a o estudo da McKinsey & Company revela também que há muitas transformações acontecendo que afetam diretamente o mercado: clientes mais digitais e sofisticados, com novos players mudando o equilíbrio de poder ao pressionar preços e volumes, com amplas parcerias e profissionalização.
Os consumidores estão mais conectados às plataformas online, como WhatsApp e aplicativos móveis, para agendamento de serviços em oficina. Por isso, os proprietários de oficinas devem ficar atentos. Na hora da escolha de onde farão o serviço continuarão considerando a qualidade e a rapidez, que são mais importantes que a marca e o preço.
