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Mobilidade

Serviço de scooters elétricas compartilhadas chega ao Brasil

Serviço pioneiro de compartilhamento de scooters no Brasil, oferecido pela a Riba Share, chegou à cidade em dezembro de 2018. A ideia nasceu a partir da observação de que a escassez de transporte público e o crescimento da frota de automóveis nas grandes cidades transformaram a mobilidade urbana em uma dificuldade diária para as pessoas.

Quem mora na cidade de São Paulo gasta, em média, 2h43 no transporte para se deslocar. Apesar de ser um tempo alto, o número representa uma diminuição de 10 minutos, comparado com o resultado de 2017. Os dados são da pesquisa Mobilidade Urbana na Cidade, da Rede Nossa São Paulo, divulgada no final do ano passado.

“Nossas Ribas são elétricas e, além de não poluírem o ar, nem emitirem ruído, têm capacidade para levar nossos usuários de sua origem ao seu destino em distâncias longas, sem que haja a necessidade de utilizar outro meio de transporte. As Ribas facilitam a rotina das pessoas nas grandes cidades de uma maneira ágil e acessível, sem abrir mão do estilo”, conta Fernando Freitas, CEO e Co-fundador da Riba Share.

As scooters estão disponíveis nas regiões de Pinheiros, Jardins, Jardim Europa, Ibirapuera, Moema, Vila Nova Conceição, Itaim Bibi, Vila Olímpia e Brooklin. O custo inicial é de R$ 5,90 pelos primeiros dez minutos de utilização e o minuto excedente custa 59 centavos. Há também a opção de valores promocionais para pacotes de minutos comprados antecipadamente. Quanto maior o pacote, maior o desconto.

A frota, por hora, é de 40 scooters rodando em São Paulo; o objetivo da empresa é chegar ao final do primeiro semestre com 200 unidades e a mil ao final de 2019. Segundo a Riba, alguns usuários chegam a realizar 40 viagens por mês com uma média de utilização de 25 minutos, mas já foram registrados percursos de até duas horas.

“A adesão tem sido muito boa, como demonstram a demanda e o uso médio das scooters, acima das nossas metas. Avaliamos que isso tem sido possível devido à autonomia das scooters, que podem percorrer até 90 quilômetros com bateria carregada e levar os usuários de porta a porta, sem que haja necessidade de fazer baldeação em outros transportes públicos”, explica Freitas.

A empresa pretende aumentar a frota e a atuação em outras cidades, como Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília. O único pré-requisito do serviço é que o check-in e check-out devem ser feitos dentro da área delimitada, além da necessidade de CNH categoria A.

“As Ribas são propícias à topografia de São Paulo, devido à extensão da cidade e à grande quantidade de ladeiras. O preço das corridas também é bem acessível. O nosso objetivo maior é oferecer uma alternativa de mobilidade urbana, num momento em que as ruas e avenidas estão supercongestionadas, e contribuir para que as pessoas tenham mais tempo disponível para suas vidas, ao invés de ficar presas por horas e horas diariamente no trânsito de São Paulo”, conclui o CEO da Riba Share.

O ônibus, que era o principal modal, teve uma queda de uso de 47% para 43% no deslocamento diário, enquanto que os usuários que utilizam carro aumentaram de 22% para 24% e o uso de aplicativos para transporte particular também cresceu de 2% para 5%. Os números demonstram que as pessoas estão buscando alternativas para não ficar no sufoco do transporte público, porém de forma individual. A maioria dos carros que circulam na cidade transportam apenas uma pessoa e fazem percursos de 2,5 km e, se mais pessoas continuarem por escolher essa opção, é de se esperar que uma pane aconteça no trânsito de São Paulo. Por isso, mais que necessário, é urgente que existam novas opções para resolver o problema da mobilidade na capital paulista.

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