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Mercado de Reposição

Filtros automotivos tem previsão de rápida retomada no aftermarket

Menor poder de consumo e consequente queda na venda de veículos novos, aumento da idade média dos automóveis e maior uso de transporte individual para evitar as aglomerações do transporte público são fatores que devem estimular crescimento

A palavra de José Guedes, presidente da The NPD GROUP no Brasil, durante o “Programa Filtra Ação”, canal de conteúdo online da Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais e das revistas Meio Filtrante e TAE, no dia 15 de julho, é de otimismo para o aftermarket e setor de filtros automotivos. “A expectativa de retomada rápida do aftermarket e do setor de filtração automotivo é grande. Vamos acreditar e sairmos mais fortes desta situação de pandemia”, afirmou Guedes. Marcelo Simionato, especialista no mercado de filtros automotivos, concordou: “A indústria tem capacidade para repor estoque de matéria-prima, trazer a mão de obra de volta e atender a retomada acelerada do mercado de reposição automotiva”.

 

Segundo Guedes, durante a pandemia, o decréscimo não foi tão acentuado no aftermarket, que, a partir de julho, deve ficar mais forte. “Há menor poder de consumo e, consequentemente, ocorrerá queda na venda de veículos novos. Por outro lado, as pessoas estão priorizando o transporte individual para evitar as aglomerações do transporte público”, ressaltou. Isto trará impactos em médio e longo prazos – a idade média da frota, que hoje em automóveis está em 9,7 anos, deve aumentar ainda mais, trazendo maior demanda ao aftermarket.

 

Apesar da expectativa de retração de 8% do PIB, Guedes falou que, a partir de julho, o aftermarket da linha leve deve acelerar o ritmo. O segmento de veículos pesados deve demorar mais uns três meses para retomar, pois está ligado ao aquecimento da demanda de carga e passageiros.

 

Para ele, as montadoras reduzirão lançamentos e compartilharão mais componentes nos veículos para diminuir custos e aumentar as margens. “Fabricantes atenderão mais veículos com a mesma peça, reduzindo custos com inventário e desenvolvimento”, comentou.

 

Já a quarentena fez com que a frota circulante ficasse parada por longo período, o que deve também elevar a demanda no mercado de reposição em curto prazo, de componentes como baterias e pneus.

 

A perspectiva é de aumento de demanda de serviços nas oficinas independentes, que buscará alternativas para reduzir riscos de contágio de coronavírus, como mecânico delivery, higienizações completas, entre outros.

 

Queda no faturamento não foi tão grande – O faturamento do aftermarket alcançou R$ 2.057.707.031,00 de junho de 2018 a maio de 2019, contra R$ 1.891.722.224,00 de junho de 2019 a maio de 2020, uma retração de 8%. Nos períodos, foram contabilizadas 50.255.717 unidades, ante 43.283.629 unidades, numa queda de 14%. No entanto, o preço médio subiu de R$ 41,00 para R$ 44,00, alta de 7%. “Houve queda de volume, mas a retração não foi tão sentida no faturamento devido ao aumento do preço médio de peças”, destacou Simionato.

 

Guedes acrescentou uma combinação de fatores para o resultado: aumento do dólar e reajuste de preços em função da disponibilidade de peças. “A previsão é que, se o mercado estiver abastecido, o setor de filtros deslanchará em janeiro de 2021, caso contrário, entre março a junho”, revelou.

Já Simionato, complementou explicando que “a indústria reduziu a produção, agora, aquela que tiver mais agilidade e canal de distribuição mais preparado sairá na frente”.

 

Participação das subcategorias no faturamento de filtros automotivos – No aftermarket, na categoria de peças, os filtros estão na quinta posição do ranking em faturamento, totalizando R$ 179.844.531,00 de junho de 2019 a maio de 2020, apresentando variação de menos R$ 11,7 milhões. Filtro é uma das categorias que teve a menor queda contra 2019.

 

De junho de 2019 a maio de 2020, o filtro de combustível está na primeira colocação em participação das subcategorias no faturamento, com 36,6%, seguido pelo filtro de óleo, com 31,8%, e de ar, com 25%; depois vêm filtros de cabine, com pouco mais de 2%, e outros, com cerca de 4%.

 

“A queda no faturamento no volume de vendas de filtros, tanto de combustível quanto de ar, foi compensada pelo reposicionamento de preços nos últimos 12 meses”, enfatizou Guedes. Segundo o presidente da The NPD GROUP no Brasil, a categoria de filtro de óleo foi a que obteve maior retração de receita com relação aos demais.

 

Para João Moura, presidente da Abrafiltros “os dados são de extrema relevância, principalmente para mostrar a força que o setor de filtros automotivos possui no cenário econômico brasileiro”.

 

O Programa Filtra Ação vai ao ar toda quarta-feira, sempre às 15h00 no Canal TV Filtros no Youtube. Interessados em assistir o vídeo do programa na íntegra, devem acessar www.youtube.com.br/tvfiltros.

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